Saudade,
sombra que assombra os caminhos da paixão,
inseparável cedilha
da palavra coração.
Saudade,
sino plangente, badalando sem cessar
e faz dos olhos
uma lágrima rolar.
Saudade,
palavra sem tradução,
criada pra dizer:
eu te quiz e te amei; te quero e amarei.
Saudade,
estrela que brilha enquanto as outras
já se apagaram
E insiste em machucar os corações solitários.
Saudade,
febre que arde e que mata,
mas não mata de repente...
tem o prazer de matar lentamente.
Saudade,
nem é preciso perguntar de onde vem,
basta lembrar
o sabor que você tem.
Saudade sem dor é nostalgia, quando dói é brincadeira do amor, criança que nunca cresce, a quem se precisa entender as brincadeiras dos arco e flecha. É que para permanecer sempre jovem ele precisa se defender da morte que as pessoas, às vezes, querem lhe imputar. É assim que ele se preserva para amar eternamente. O objeto das brincadeiras e fatalidades dele não importam muito. O amor só quer amar. E por isso, lhes deram asas. Como ave migratória, ele é inexoravelmente livre e voa
ResponderExcluirLindo poema Fá sentido. Saudade rimada.
Beijos, minha linda.
Jeanne